O AUTOR E O HERÓI EM HISTÓRIA DO CERCO DE LISBOA

Autores

  • Lucas Martins de Lara Universidade estadual de Ponta Grossa
  • Eunice de Morais Universidade Estadual de Ponta Grossa

Resumo

História do cerco de Lisboa, de José Saramago, apresenta Raimundo Silva, revisor literário que, ao alterar um texto histórico, coloca à prova a veracidade do discurso histórico sobre o literário. Durante a narrativa, pode-se perceber uma aproximação entre os discursos do autor e do protagonista. Tal aproximação, Mikhail Bakhtin define como a função do enunciado-tipo no romance. Tema e problemática tornam-se interessantes por tratarem de uma pesquisa inédita relacionada a essa obra. Assim, este artigo pretende analisar e evidenciar essa apropriação de discurso realizada entre autor e herói. Serão utilizadas como referencial teórico central as obras Estética da criação verbal e O enunciado no romance, capítulo retirado da coletânea Linguística e literatura, organizada por Roland Barthes.

 

DOI: 10.5935/1984-6614.20190016

Biografia do Autor

Lucas Martins de Lara, Universidade estadual de Ponta Grossa

graduando no curso de Letras Português e Inglês na Universidade Estadual de Ponta Grossa - UEPG

Eunice de Morais, Universidade Estadual de Ponta Grossa

Mestre e doutora em Letras pela Universidade Federal do Paraná – atualmente professora lotada no departamento de História, Letras e Artes da Universidade Estadual de Ponta Grossa.

Referências

BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

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Publicado

2019-07-02

Edição

Seção

Tempo e memória